domingo, 22 de setembro de 2013

She-Ra


Esta gatinha que agarro com tanto gosto é a She-Ra, u-ma-gos-to-si-nha!




Eu já tinha atendido a She-Ra há 2 anos e meio, quando ela mancava da pata dianteira esquerda porque morria de dor quando encostava no chão. Ela tinha uma artrose gigantesca e inicialmente tinha sido recomendado ou uma cirurgia para imobilizar o cotovelo ou então amputar a pata. Os antiinflamatórios não estavam mais ajudando tanto na dor, além de cortar o apetite. 


Começamos a fazer acupuntura, ela passou a sentir menos dor e voltou a brincar, mas por estar se estressando com a manipulação nas sessões, optamos pelo implante de ouro, pois assim ela passaria a ter o estímulo dos pontos constantemente sem ter que ser manipulada e o ouro (Au++) reagiria com as calcificações (Ca--) e dessa forma não deixaria a artrose piorar.

Naquela época ela ficou bem, e para minha surpresa a She-Ra e sua dona me procuraram este ano novamente com a queixa de que estava mancando novamente com a pata da frente. Quando foram ao veterinário tirar outra radiografia, descobriram que ela estava com artrose na outra pata (direita), e uma surpresa muito legal: a radiografia da pata esquerda mostrava que a artrose onde foi feito o implante de ouro há 2 anos tinha diminuído! E até na palpação pareceu que estava com menos volume no local. Ah, e ela deixou apertar, ou seja, está sem dor!


Como já tínhamos um histórico de sucesso com a pata esquerda, não pensamos duas vezes: na semana seguinte fizemos o implante de ouro na pata direita, pois estava doendo muito, ela não podia nem enocostar a patinha no chão.

Poucos dias após o implante ela já estava apoiando a patinha e voltando a interagir, a brincar, ou seja, voltou a ser uma gatinha feliz.

O vídeo abaixo foi feito 2 semanas após o implante.



Ainda bem que naquela época resolveram tentar tratar de forma conservativa antes de amputar. Já pensou como seria desta vez, já sem a outra patinha? E ela está tão bem agora...

Fico muito feliz com casos assim como o da She-Ra, pois a qualidade de vida do paciente reflete na qualidade de vida das pessoas que vivem com ele. Assim, indiretamente deixo mais pessoas felizes e isso é muito gratificante :)


Peter

Este bonitão imponente é o Peter.



Quem viu ele no início do tratamento dificilmente conseguiria imaginá-lo assim, tão perfeitinho.

O Peter pegou aquela temida doença, a Cinomose. Quando o conheci, ele ainda estava internado no "isolamento", recebendo medicamentos alopáticos para livrá-lo do vírus, e continuou assim por mais um tempo, até porque ele estava com o comportamento muito alterado, tão agressivo e medroso ao mesmo tempo, que tentava atacar todo mundo que chegasse perto.

Com a dedicação dos veterinários e enfermeiros ele venceu a doença, os exames deram negativos, mas como já era esperado, ele acabou ficando com as sequelas: O Peter continuava com aquele comportamento agressivo, não conseguia ficar em pé pois não apoiava bem nenhuma das patas.

Depois da primeira sessão o Peter já começou a apoiar melhor as patas e a cada sessão foi melhorando o equilíbrio, até que lá pela terceira sessão começou a arriscar alguns passos sozinho, e sempre foi melhorando, a cada sessão trazendo uma novidade: caminhando bem, começando a correr, a brincar, conseguindo subir sozinho na caminhonete...

Aos poucos o comportamento também foi melhorando, então nas últimas sessões nem precisamos mais da focinheira.

Depois que ele começou a caminhar sozinho, fomos aumentando o intervalo entre as sessões para cada 2 semanas, depois 3 semanas, 1 mês, e como ele continuou bem, sem nenhuma recaída, o Peter recebeu alta com muita festa, com direito a muitos paparicos e até ossinhos.

A essa hora ele deve estar correndo pela chácara bem feliz, tirando o atraso. Eu fico muito contente só de imaginar.