sábado, 22 de janeiro de 2011

Bidu





Esta "pantera negra"é o Bidu, um gatinho muito simpático, e que vale ouro (vocês vão entender no final).

Ele tem uma vida muito feliz, pois é muito amado e bem cuidado, na primeira vez que cheguei para atendê-lo já pude notar que ele é o xodozinho da casa.

O Bidu tem artrose nas articulações coxo-femoral, e isso vinha incomodando há 3 ou 4 anos, fazendo-o caminhar com dificuldade, meio travado, e sempre que esfriava, a dor piorava. Assim, ele ficava sem caminhar muito, e há algum tempo, o pessoal estava deixando o Bidu em cima do sofá ao dar uma saidinha, e quando voltavam, lá estava ele, do jeito que deixaram.

Começamos a tratá-lo com acupuntura, fitoterapia chinesa, massagem com moxa e ele foi melhorando aos poucos, mostrando mais mobilidade, até que um certo dia, mais ou menos entre a 5a e 6a sessão, o pessoal chegou em casa e o Bidu não estava em cima do sofá, como tinham deixado. Para surpresa de todos, ele tinha subido 2 lances de escadas e pulado sobre a cama, sozinho, sem ajuda de ninguém, pois suas irmãs caninas estavam todas pro lado de fora.

Ficamos muito felizes e empolgados com isso, pois apesar das resmungadas e bufadas, o Bidu estava melhorando. E como! Pois pra quem se deslocava com dificuldade sobre um pequeno quadrado sobre o tapete, subir 2 lances de escadas era algo praticamente impossível.

Não sei se a tradução correta seria "oba, adoro!"ou seria "não deixem ela entrar!", mas toda vez que ele escuta alguém falar no meu nome ou que alguém está ficando rica, ele interage dizendo "meooouuuu". Testamos com outros nomes, mas certificamos que o negócio é pessoal mesmo.

Como a acupuntura faz muito bem pro Bidu mas a manipulação estava sendo um pouco estressante, optamos pelo implante de ouro, que consiste em inserir pequenos pontinhos de ouro nos pontos de acupuntura, que então agirão como se ele estivesse fazendo acupuntura todos os dias, a todo momento. Por isso, se um dia encontrarem um gato preto sendo penhorado, não estranhem, pode ser o Bidu.


Joca




Este é o Joca, como podem observar em sua expressão, ele é um cãozinho do barulho!

Tanto que a primeira vez que ele teve problema de coluna aconteceu ao correr por uma rampa, tentando pegar um gato.

Por sorte, ele não chegou a ter comprometimento dos movimentos, mas se paralisava de tanta dor. Aí tomava medicamentos e melhorava. Daí, parava de tomar e voltava a dor...

Cansados de vê-lo sofrer, resolveram fazer acupuntura.

A primeira sessão foi um trauma. Pra ele, por medo de mim e não querer ser tocado, e pra mim, por quase ficar surda com seus gritos.

Mas no decorrer das sessões fomos nos entendendo e conseguindo colocar as agulhas e ele foi melhorando, melhorando, e voltou a correr e pular como quem quer tirar o atraso.

Eu esperava receber umas lambidinhas de agradecimento do Joca, mas tudo que ele faz é chorar e se agarrar no seu dono, como quem diz "Por favor, papai! Não deixe essa louca me encostar, ela é capaz de me matar!"

Mas no fundo, bem lá no fundo ele sabe que eu o ajudei. E ele tendo má impressão de mim ou não, fico feliz em vê-lo correndo por tudo, sem limitações, sem ter que parar pra reclamar de dores.

Van Gogh




Este é o Van Gogh, um gatão tranquilo, lindo, super sociável, que conquistou todo mundo enquanto esteve internado na clínica.

Ele estava com insuficiência renal desde outubro, e sua creatinina chegou a 18,0 quando deveria ser no máximo 1,6. Com o internamento e as terapias com muito soro e medicamentos, e principalmente muito carinho, caiu pra 5,0 mas começou a aumentar novamente e ele estava emagrecendo muito rápido, pois não queria comer mais nada e às vezes vomitava.

Quando já tinha sido feito de tudo e estava quase sem esperanças, sua mãezinha me ligou perguntando sobre os benefícios que a acupuntura poderia oferecer ao Van Gogh.
Expliquei e resolvemos tentar, juntando acupuntura e fitoterapia chinesa, mantendo a hidratação com soro.

O Van Gogh é muito bonzinho, colabora muito, e isso facilita muito o tratamento. Deixa colocar agulha em todos os pontos sem reclamar, e sempre ronrona, quase caindo no sono.

Na terceira sessão recebi a deliciosa notícia de que ele tinha comido desde a noite anterior, e desde então ele continua se alimentando. Até a moça da clínica que cuidou dele durante ointernamento se surpreendeu com o apetite dele. E nas últimas sessões notamos que ele está até ganhando peso, voltando a ficar rechonchudo.

Iniciamos o tratamento com sessões diárias e agora estamos nos vendo uma vez por semana e ele continua muito bem, estamos todos torcendo para que ele continue bem por muito tempo.


sábado, 15 de janeiro de 2011

Sofia (Sosó)




Esta simpatia em forma de salsicha (ou vina para os curitibanos) é a Sofia, conhecida como Sosó pelos mais íntimos.

Como sua própria raça leva a suspeitar, ela é mais uma vítima de lesão na coluna, e sofre de dor e uma perninha de trás não obedece direito. E por causa dessa dor, ainda tem dificuldade pra ir ao banheiro, e como consequência não quer comer. Eu desconfio que a Sosó desenvolveu anorexia pra manter a forma, pois ela convive com uma cocker que sofre de bulimia.

Depois de sua dona me procurar na internet, ligar pra um monte de clínicas, me mandar email e telefonar até para São Paulo, finalmente me encontrou e acabou me encontrando na própria clínica onde a Sosó foi socorrida. Ela só esqueceu de pedir o meu telefone para o veterinário que a atendeu rsrs.

Bom, independente da romaria que fez, o importante é que acabamos nos encontrando e a Sosó está cada dia melhor. Ela sempre se comportou bem, desde o primeiro dia. Como a Sosó tinha uma viagem longa programada e tínhamos uma semana para tratar, fizemos sessões diárias. Lá pela quinta sessão ela apresentou uma boa melhora, comeu bem, e até conseguiu se sacudir sem cair, coisa que a perninha direita não deixava fazer por falta de firmeza.

Agora adiaram um pouco a viagem e teremos mais umas sessões para finalizar o tratamento. Muita gente deve estar pensando "coitada da Sosó, vai ser espetada mais algumas vezes!". Mas o que guardei pra contar só no final é que esta menina me ama, não pode mais ouvir a palavra "acupuntura", se não ela fica infernizando o pessoal da casa, chorando e esperando na porta até ser trazida pra sessão. Aí ela chega, deixa colocar todos os pontinhos sem reclamar, deixa fazer eletro pra tomar choquinho e ainda expressa alegria, como podem reparar nas fotos.

O desespero de sua dona é que ela já está prevendo que mesmo depois de receber alta ela nunca mais vai poder se livrar de mim se quiser ver sua Sosó feliz.

Yuri




Este gatão é o Yuri, um fofo que parece um floco gigante de algodão.

Ele começou a ter problemas urinários desde o começo do ano, e ao fazer exames foi descoberto que ele tinha vários cálculos renais e o funcionamento dos rins também estava comprometido, pois o exame de sangue revelou que estava também com insuficiência renal. Isso foi deixando ele deprimido, abatido, sem apetite e com olhar triste.

Após um tratamento intensivo com muito soro e medicamentos, ele expulsou os cálculos e as dores diminuíram. Mesmo assim, ele continuava sem apetite, magro e abatido.

Em seguida, fui chamada para iniciar o tratamento com acupuntura e fitoterapia, e aos poucos ele foi melhorando o apetite. Ele escolhia o que queria comer, e pra isso sua generosa "mãe"mantinha uma coleção de rações de várias marcas e sabores, nuggets e biscoitinhos para gatos.

No início, as sessões foram bem seguidas, praticamente diárias. Na terceira sessão, recebi a ótima notícia de que ele estava comendo melhor e que tinha voltado a brincar. A partir daí, passamos a dar um intervalo um pouco maior entre as sessões e agora nos vemos uma vez por semana, mantendo também a hidratação com soro na clínica.

Comparado ao Yuri que conheci, que estava caidinho e se recusando a comer, ele está outro. Reclama mais para colocar as agulhas, me chuta, mas nem me importo, pois até o narizinho dele que era pálido, agora está bem cor-de-rosa e nós todos que cuidamos do Yuri estamos muito felizes com o resultado.